
Política
TSE abre código-fonte das urnas eletrônicas para as eleições de 2024
Publicado em 04/10/2023 14h52
Nesta quarta-feira (4), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início ao Ciclo de Transparência – Eleições 2024, abrindo o código-fonte das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais daqui a um ano e dois dias. Este processo visa permitir a fiscalização do sistema eletrônico de votação para garantir que tudo esteja ocorrendo conforme o esperado. O código-fonte está disponível para auditoria e análises por diversas entidades, incluindo instituições públicas, órgãos federais, partidos políticos, universidades e a sociedade civil.
Na solenidade, em Brasília, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou a transparência do processo. “O Tribunal Superior Eleitoral está sempre aberto a todos aqueles que queiram auxiliar, a todos aqueles que queiram fiscalizar, todos aqueles que queiram melhorar a forma como nós exercemos a nossa democracia, com absoluta certeza que, em 2024, teremos mais um ciclo democrático, mais uma eleição, com total tranquilidade, total transparência para que nós possamos solidificar cada vez mais a nossa democracia”.
De acordo com o ministro, não há nenhuma vulnerabilidade nas urnas eletrônicas.
“Eu sempre brinco com a possibilidade dos ‘hackers do bem’ poderem analisar, entrar no código fonte, verificar o código fonte e atestar, novamente, a invulnerabilidade, a total transparência, com segurança que o código fonte e as urnas eletrônicas fornecem a todas as eleitoras e todos os eleitores do Brasil”, garante o presidente do TSE.
O ministro mencionou que a Constituição Federal de 1988 completaria 35 anos no dia seguinte (5) e destacou o período de estabilidade democrática que o Brasil vive desde então, com eleições regulares, enfatizando que o país possui o sistema de votação mais eficiente, invulnerável e transparente do mundo.
Além do ministro Moraes, outras autoridades do TSE estiveram presentes na cerimônia, incluindo a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE, Cármen Lúcia, e representantes de partidos políticos, como os presidentes nacionais do MDB, Solidariedade, Patriota e Agir.
Ciclo de Transparência
Desde 1996, as eleições no Brasil ocorrem em urnas eletrônicas. O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal, Júlio Valente, destacou que, com as urnas eletrônicas, as eleições brasileiras são seguras, transparentes, auditáveis em todas as etapas, inovador, célere, com resultados no mesmo dia da eleição, inclusivo e ível a pessoas com deficiência. Ele mencionou fraudes que ocorriam no ado, com a manipulação humana dos votos em papel. “Hoje, temos no Brasil um processo que é seguro. Há 27 anos, não há um único caso comprovado de fraude”
Júlio Valente detalhou as 40 oportunidades de fiscalização e de auditoria do Ciclo de Transparência – Eleições 2024, antes, durante e depois do pleito, e citou o teste público de segurança da urna, a digital e lacração dos sistemas; e o documento da zerésima, o primeiro boletim que atesta que não há votos prévios registrados naquele aparelho, um dia antes do eleitor votar.
Conforme o TSE, o código-fonte está disponível, em tempo integral, para inspeções em uma sala de vidro no subsolo da sede do TSE, em Brasília. As entidades fiscalizadoras interessadas podem usar ferramentas automatizadas e solicitar os esclarecimentos que julgarem necessários.
“É preciso fiscalizar o desenvolvimento [do sistema] para demonstrar que o sistema eletrônico de votação faz apenas o que se espera dele”, diz o secretário Júlio Valente.
Eleições no Brasil
A Justiça Eleitoral registra que, no país, existem 156,4 milhões de eleitores, em 5.570 municípios. Do total de eleitores, 118,1 milhões estão cadastrados com biometria.
Ao todo, são 33 partidos políticos. Nas eleições de outubro de 2022, foram aproximadamente 553 mil candidatos.
A justiça eleitoral contou 577 mil urnas eletrônicas. As eleições ocorrem em 2.637 zonas eleitorais, com 496.512 seções de votação, distribuídas em 93.758 locais de votação, como escolas. Cerca de 2 milhões cidadãos brasileiros, em média, atuam como mesários nos dias dos pleitos.
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Fonte: Redação com Agência Brasil
Fotografia: Antônio Augusto/TSE
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